A queda de braço é um tipo de luta entre dois competidores que aplicam uma força muscular simultânea com o objetivo de fazer o oponente desdobrar o braço se dando por vencido. A habilidade também conta nesse esporte. A política não é um esporte, mas há muitas quedas de braço acontecendo no meio. Em Guarabira, por exemplo, está rolando uma ‘queda de braço’ entre o prefeito Marcus Diogo (PSDB) e o seu vice, Dr. Wellington Oliveira (PSDB).
Pelo que consta, foi o próprio gestor municipal que chamou o vice-prefeito para medir forças no tabuleiro político. E isso se deu quando o prefeito Marcus usou a caneta e exonerou os ocupantes dos cargos comissionados do gabinete do vice-prefeito, sem qualquer comunicação – certamente, como retaliação pelas divergências com Wellington, que deu nota 06 à gestão durante uma entrevista.
Ao tomar ciência da demissão de seus assessores, o vice-prefeito enviou um ofício exigindo a readmissão de seu pessoal com urgência. Porém, para não ser desmoralizado politicamente, o prefeito Marcus ignorou a petição. Agora, de forma habilidosa, Dr. Wellington Oliveira entrou com um mandado de segurança e aguarda a decisão da Justiça, que dará o veredicto para por fim a essa ‘queda de braço’.
O prefeito tem poder para nomear e exonerar quem quiser durante seu mandato. Contudo, as indicações para o gabinete do vice-prefeito são baseadas na confiança do titular da função, não do gestor em exercício. Portanto, se a Justiça der razão ao impetrante, o impetrado, além de readmitir o pessoal, terá que reconhecer que perdeu ao medir força com seu colega de chapa.
E nesse tabuleiro político, avalio: o vice-prefeito Wellington Oliveira não tem o que perder. Mas o prefeito Marcus pode perder a razão e a moral política, que é pior do que perder uma simples ‘queda de braço’. #Opinião
