Impressiona como Ricardo Coutinho não consegue desencarnar do governo. Segue como se ainda tivesse a plenos poderes (e talvez até esteja de fato, não é governador João Azevedo?), agindo como o coronel que caracterizou seus anos na prefeitura de João Pessoa e no comando do Estado. Some-se a isso, sua habitual prepotência, arrogância e o fato de estar sempre furibundo, iracundo e de maus bofes. Então dá pra entender.
Fica fácil compreender seu comportamento extremamente hostil com o jornalista Thiago Moraes, especialmente quando indagado sobre a Operação Calvário. Aliás, a esse propósito, meu caro Paiakan, nada mais conveniente para despachar um jornalista curioso sobre a Calvário, do que simular estar pesaroso e melindrado na antessala de uma audiência da Vara da Família.
Ora, em seus anos de governo, Ricardo Coutinho processou jornalistas no atacado, e não apenas jornalistas. Será que ele já imaginou o constrangimento familiar e os prejuízos profissionais e materiais causados a tantos profissionais de Imprensa, ex-esposa (Pâmela Bório) e até advogados, como o caso de Laura Berquó e Gilvan Freire, apenas para exercer seu mandonismo e satisfazer a necessidade de processar e intimidar pessoas contrárias a sua cartilha?
A propósito, não sei se é o caso dele, meu caro camarada Gilvan Freire, você que já versou com a habitual competência sobre o tema, mas a literatura psicanalítica diz que psicopatas não conseguem sentir. Ou até se comprazem com o sofrimento alheio. Então, para gente assim, talvez não seja tão difícil simular, fazer um teatrinho, para evitar um tema doloroso, demonstrando estar compungido, quando às vezes nem está.
De qualquer forma, fica o registro de nossa solidariedade ao jornalista Thiago Moraes que, pela segunda vez, recebe ameaças de ser processado pelo ex Ricardo Coutinho. A brutalidade como reagiu à presença do profissional de Imprensa só reafirma o que sempre foi. Em, pelo jeito, continuará sendo. #Política
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BLOG DO HELDER MOURA
