O advogado Bruno Deriu foi entrevistado na edição desta quinta-feira (15) de ‘O Papo de Quinta’, coluna semanal de entrevistas do Conexão 90 Graus, da Guarabira FM (Correio Sat). Ele foi indicado pelo Avante como pré-candidato a prefeito de Guarabira (PB) nas eleições de 2020. E na entrevista, o convidado falou sobre o assunto. O Caderno de Matérias repercute os principais momentos.
Em resposta a uma pergunta inicial sobre sua liderança política na cidade, o advogado Bruno Deriu disse que não se considera um líder político, mas fez referência à sua votação para deputado federal – mesmo sem estrutura, foi o mais votado em Guarabira. E apelou para os deputados eleitos, que foram votados no município:
“Não esqueçam Guarabira! Não se esqueçam de pleitear pra gente aqui, um hospital pediátrico e de traumatologia. Façam uma maternidade aqui! Façam emendas para Guarabira! Eu sou o primeiro a aplaudir aqueles que fizerem isso, já que eu não consegui chegar lá. Eu estou pedindo em nome da população”, cobrou.
Embora ciente de que vai enfrentar grandes lideranças políticas, justificando seu interesse e motivação em ser prefeito, ele declarou que como ‘soldado’ do partido – que o escolheu por sua história de vida e pelo amor por Guarabira -, não teme ir para a disputa. E se não for candidato, vai apoiar e torcer pelo melhor para o município.
“Eu sou um soldado do partido. E quero o melhor para Guarabira. Se não for Bruno Deriu, que seja outro do Avante. E se o Avante não lançar candidato, que a gente apoie um candidato que se preocupe com Guarabira. Mas, no momento, o pré-candidato do Avante é Bruno Deriu”, afirmou.
Quando candidato a deputado federal, Deriu obteve mais de 4 mil votos na cidade. Se sua candidatura avançar, ele pretende ampliar essa votação mostrando propostas, projetos e senso de responsabilidade. E revelou que faria um governo voltado para o crescimento de Guarabira, com apoio de todos os segmentos políticos.
Ao ser indagado com quem não sentaria para conversar – considerando os nomes postos como pré-candidatos a prefeito da ‘capital do brejo’-, dr. Bruno respondeu que sentaria com qualquer um.
“Eu sentaria com todos. E abriria até mão – de uma candidatura – se tivesse uma candidatura de uma pessoa preocupada com Guarabira. Mas está muito cedo para falar em composição. Eu quero que Guarabira pare e veja quem realmente tem propostas para torná-la grandiosa.”
Ainda durante a conversa, ele lamentou a falta de empregos e de interesse político para buscar parcerias com mercados regionais, levando em conta que Guarabira tem mão-de-obra qualificada para o setor têxtil, por exemplo.
Ao analisar o governo municipal, o advogado falou que a gestão de Marcus Diogo, prefeito interino, precisa ser “desalgemada”.
“Está na hora de Zenóbio dizer assim: “eu vou tomar conta dos meus netos, da minha saúde, dos meus filhos, da minha esposa, e vou viver (…)”. Eu não vou negar: Zenóbio Toscano foi um dos maiores prefeitos de Guarabira. Agora são outros tempos. (…) Deixa Marcus trabalhar! Eu acredito que se Marcus Diogo tivesse autonomia, aquele problema do ‘giradouro’ já teria sido resolvido”, analisou – afirmando que o prefeito interino tem competência para governar.
“Agora se ele permanecer nessa mesmice que está a administração, será um ‘fiasco’ a administração dele – caso seja candidato e ganhe a eleição. Ele tem que dar o ‘grito de liberdade’, com todo o respeito que ele tem a família Toscano. Mas ele precisa fazer a administração Marcus Diogo”, emendou.
Questionado em quem votaria se não oficializar candidatura, Bruno Deriu citou Marcelo Bandeira, líder girassol e atual presidente da Câmara Municipal. Ao justificar sua afinidade com Bandeira, o entrevistado destacou a inteligência do vereador e seu alinhamento com a população mais carente.
O advogado também torce pelo fim da “gangorra política”. Porém, não considera que Raniery Paulino e Camila Toscano, aos quais ele fez elogios, sejam a continuação da tal “gangorra”.
“Eu sou uma pessoa coerente. Eu não vejo ‘gangorra’ entre Raniery e Camila. São pessoas que nunca passaram pela administração municipal. “Gangorra” eu a descrevo como sendo Roberto Paulino e Fátima Paulino; e Zenóbio Toscano e Léa Toscano”.
Ao ser perguntado novamente se realmente não considerava os sobrenomes Paulino e Toscano como continuação da ‘gangorra’, Bruno Deriu reafirmou: “não. Não considero. A gente não pode generalizar”.
O aspirante a prefeito acredita que as “picuinhas políticas” atrapalham o crescimento da cidade. “É muito pequena essa política. Eu não vim aqui para destratar ninguém. Eu sou da paz, sou do diálogo”, concluiu Bruno Deriu, afirmando que já tem alguns projetos em mente e que em breve deve se reunir com lideranças do Avante para definir sobre sua candidatura. #Política
