PANDEMIA: Em carta, secretários de Saúde dizem que Brasil vive ‘pior momento’ e pedem aumento nas restrições

Adekele Anthony Fote/Estadão Conteúdo – 22/12/2020

Através de uma carta publicada nesta segunda-feira, 1, e assinada pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)Carlos Lula, os secretários de saúde disseram que o Brasil atravessa a pior fase da pandemia de Covid-19, criticaram ausência de lideranças e pediram o aumento nas medidas restritivas. O texto foi disponibilizado no portal do CONASS e cita o aumento recente no número de novos casos “em todas as regiões, estados e municípios”. Além disso, Carlos Lula diz que a falta de uma condução nacional dificultou a contenção da doença. “O Brasil vivencia, perplexo, o pior momento da crise sanitária provocada pela COVID-19. […] A ausência de uma condução nacional unificada e coerente dificultou a adoção e implementação de medidas qualificadas para reduzir as interações sociais que se intensificaram no período eleitoral, nos encontros e festividades de final de ano, do veraneio e do carnaval”, afirmou o presidente do CONASS, que continuou: “O relaxamento das medidas de proteção e a circulação de novas cepas do vírus propiciaram o agravamento da crise sanitária e social, esta última intensificada pela suspensão do auxílio emergencial”. No comunicado, os secretários de saúde pedem, ainda que sejam adotadas medidas para “evitar o iminente colapso nacional das redes públicas e privada de saúde”. Na carta, os secretários dizem que restrições de nível máximo devem ser adotadas em regiões com ocupação de leito superior a 85%, e defende uma série de medias, sendo elas:

  • A proibição de eventos presenciais como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional;
  • A suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país;
  • O toque de recolher nacional a partir das 20h até às 6h da manhã e durante os finais de semana;
  • O fechamento das praias e bares;
  • A adoção de trabalho remoto sempre que possível, tanto no setor público quanto no privado;
  • A instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual;
  • A adoção de medidas para redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos;
  • A ampliação da testagem e acompanhamento dos testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos;
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