OPINIÃO: Prefeito Marcus diz que não apoiará candidato a federal em 22. Mas precisa trabalhar pela reeleição de Camila

O professor Santana, já aposentado pela UEPB, em uma de suas aulas de geopolítica me disse que “na política é dando que se recebe”. Eu não recordo qual autor ele citou para fundamentar sua fala, porém ele tinha razão ao parafrasear a “oração de São Francisco”. Política é feita – ou deveria ser – de compromisso: tanto de um lado quanto do outro. Não estou falando de mero fisiologismo, mas daquilo que faz diferença no jogo: o voto e a consequência dele.

A maioria dos políticos sabe que é ‘dando que se recebe’. O prefeito de Guarabira (PB) Marcus Diogo (PSDB), no entanto, pensa diferente: acha que vai continuar governando só e recebendo recursos sem dar nada em troca. Ele não apoiará nenhum nome para deputado federal em 2022 porque quer continuar ‘tratando bem’ nomes como Julian Lemos, Wellighton Roberto, Ruy Carneiro, Edna Henrique, Pedro Cunha Lima, e todos os que entenderem que Guarabira é importante.

“Todas aquelas pessoas que acreditam na cidade de Guarabira, que investem na cidade de Guarabira, serão muito bem recebidas e muito bem tratadas”, assegurou o gestor em entrevista ao repórter Rodrigo Souza, da Cultura FM, no ‘Em Cima da Hora’ de quarta-feira (30). Para Marcus Diogo, como alguns dos nomes citados – que buscam a reeleição – são apoiados por aliados de sua gestão, ele não vai apresentar seu favorito. “Quem não pode ter candidato sou eu”, exclamou.

Portanto, nas eleições do ano que vem o prefeito de Guarabira “ficará em casa”: não usará sua ‘influência política’ para pedir voto, salvo para a deputada estadual Camila Toscano, que aprendeu com o pai e faz um excelente mandato na ALPB pela oposição. E se um dia ela chegar à Prefeitura de Guarabira, como deseja e espera, tem tudo para fazer bem diferente da gestão lenta do sucessor do saudoso Zenóbio Toscano.

Geralmente candidatos ao parlamento federal firmam compromissos com prefeitos para garantir emendas em troca de votos, afinal é dando que se recebe… Quando um gestor usa sua influência e garante uma votação relevante para determinado candidato e o elege, espera dele a retribuição através de emendas parlamentares. Isso faz parte do jogo. Como não há recursos para todas as cidades, os deputados priorizam o nível de representatividade pela votação alcançada.

Em Guarabira, no ‘ninho tucano’, o bloco de situação segue dividido em relação a deputado federal – é cada um por si….

A pergunta é: será que todos os nomes citados acima, se reeleitos sem apoio formal do prefeito Marcus, vão continuar destinando recursos para Guarabira? O tempo dirá. Assim como a reeleição de Camila terá reflexos do governo de Marcus Diogo: se a gestão dele trabalhar, poderá refletir no resultado da urna em favor da ‘menina do calendário’; e se não houver trabalho até lá, vai dificultar para a herdeira do legado de ZT, pois não será uma eleição fácil e ela merece ganhar.

Trabalha Marcus, trabalha!

No mais, pelo que se vê, não vai faltar candidato a deputado federal em Guarabira – além dos que já são apoiados por aliados do prefeito – todos de fora -, ainda tem o favorito do grupo de Teotônio (PDT), e as opções do Cidadania, MDB e Podemos. #Opinião

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