OPINIÃO: Em evento político e sem protagonismo popular, prefeito de Guarabira inaugura ‘obra de Zenóbio Toscano’

Na sexta-feira (30), a Prefeitura de Guarabira entregou o conjunto habitacional Jáder Soares Pimentel, ou como consta na placa “Guarabira residencial Park I e II”, beneficiando 400 famílias. A obra, que também homenageia um ex-prefeito, é importante e necessária para diminuir o déficit habitacional no município; e foi idealizada e iniciada pelo visionário Zenóbio Toscano de Oliveira, numa parceria com o Governo Federal. É um projeto arrojado em relação à infraestrutura. Porém, pelo número de casas entregues, ainda não chega a ser o maior projeto habitacional que a cidade já viu, como diz o prefeito Marcus Diogo (PSDB).

Ao fazer uso da palavra, o prefeito de Guarabira discursou, mas não emocionou. E parece que ele não quis citar o nome da vereadora Rosane Emídio, que estava no local com sua filha. Ela é mulher do filho de Dr. Jáder Soares Pimentel. Foi deselegante, prefeito Marcus – certamente Dr. Zenóbio não teria se limitado, apenas, a citar, de forma fria, o nome do homenageado na abertura de um discurso. Em entrevista ao repórter Zé Roberto, Rosane fez questão de lamentar a postura do gestor, que nem a considerou como mulher de Jáder Filho e nem levou em conta o seu mandato.

Já a deputada estadual Camila Toscano (PSDB), elegante como sempre, fez um discurso humanizado e emocionante. Sem chamar atenção para si, se limitou a representar e exaltar a memória do seu pai. Além de herdar e da responsabilidade de preservar o legado de ZT, ela também tem a missão de cuidar da mãe, e ex-prefeita Léa. E em relação ao ministro Rogério Marinho, ele foi feliz ao expressar que o “DNA” de Zenóbio está em Guarabira. E está mesmo: principalmente nesse conjunto habitacional. Coube ao prefeito tão somente inaugurá-lo.

Em síntese, tirando os benefícios da obra, o que ocorreu na sexta foi um espetáculo político bastante organizado como havia adiantando o prefeito ao comparar o evento com a “entrega do Oscar”. Não chegou a tanto, mas serviu de ‘vitrine’ para futuros candidatos. Faz parte da política. Foi uma solenidade sem protagonismo popular. Os beneficiários chegaram cedo para prestigiar os protagonistas e fazer aparição involuntária para um futuro marketing eleitoral. Entretanto, ficaram sem prestígio na entrega das chaves: a maioria dos políticos foi embora após “dar seu recado”.

Antes em Guarabira, através de outro programa do Governo Federal, a PMG doava casas próprias. Pelo atual programa, quem ganhou casa terá de pagar o imóvel em 10 anos. O valor da parcela é bastante acessível. Contudo, o beneficiado tem de pagar comprometendo ainda mais a ‘baixa renda’ da família. No mais, a gente fica feliz pelas famílias beneficiadas por esta grande obra. Que possam zelar pelo espaço coletivo e cuidar do seu próprio espaço. #Opinião

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