RODRIGO CONSTANTINO
As chamadas são unânimes: Mangueira emociona ao homenagear Marielle Franco, a vereadora socialista morta no Rio. A moça foi canonizada pela imprensa. Mulher, negra, lésbica, assassinada de forma terrível: um pacote irresistível demais, desde que seja também… socialista. E era esse o caso.
Não se enganem: ela virou santa por ser de esquerda. Quando um negro gay de origem pobre como Fernando Holiday sofre tentativa de assassinato, a mídia simplesmente ignora: o jovem é um liberal, e isso não pode. Alguns até tentam culpar a vítima: quem mandou atiçar os manifestantes?!
Tudo nesse caso Marielle é abjeto demais. Não é contra a impunidade que lutam; é pelo símbolo de “resistência” socialista. Basta ver os vários comentários nas redes sociais. A impunidade é geral, afinal, e inúmeros outros casos ficam sem solução. A escolha é seletiva. Os companheiros enxergaram ali a oportunidade de uma bandeira política forte, sempre bancando a vítima. Marcelo Freixo, do partido que apoia a ditadura de Maduro na Venezuela, caiu no samba em nome da “justiça social”. É tudo uma festa!
Carlos Andreazza resumiu bem: “Mangueira é a escola onde havia passagem secreta para trânsito de traficantes. Seu presidente, deputado, está preso, agente no esquema que sequestrou o Rio. A Liesa é dos bicheiros, os que usam o escritório do crime, das milícias. Esse conjunto celebrou Marielle. Emocionante”.
O que seria da esquerda sem a demagogia e a hipocrisia? Não vimos uma só camisa cobrando a solução para a morte de Celso Daniel, anos atrás. Por que será? Nenhuma placa cobrando investigação sobre quem teria ajudado ou contratado Adelio para tentar matar Bolsonaro, o então líder nas pesquisas.
A esquerda só se preocupa com a vida de esquerdistas. No fundo nem isso. Prefere mártires, para sambar em seus cadáveres de olho em dividendos políticos. No Brasil, tudo acaba em samba mesmo… #Opinião
JOVEM PAN