OPINIÃO: Bolsonaro errou e o PT voltou

Como escrevi no Twitter, “o criador venceu a criatura”. É uma máxima para quem acredita que o bolsonarismo nasceu do antepetismo. Lula (PT), portanto, voltará ao poder para conduzir o país após 13 anos. Inicialmente, seu desafio é pacificar o Brasil e buscar melhorar a qualidade de vida das pessoas, sobretudo, dos mais pobres no pós-pandemia.

Assim, Bolsonaro (PL) se torna o 1º presidente do país a tentar uma reeleição e ser derrotado. Você pode considerá-lo um ‘presidente medíocre’, mas a vantagem do Lula, que tinha o sistema o apoiando nessa eleição – o Judiciário, a imprensa, artistas e políticos, por exemplo -, foi pequena, avalio. Observe que tanto um quanto o outro tem uma rejeição enorme.

Concordo com o jornalista Mario Sabino quando ele escreve que se Bolsonaro tivesse mostrado empatia, principalmente durante a pandemia, poderia ter vencido. Contudo, como também comentou Felipe Moura, “o bolsonarismo juntou os iguais para derrotar a si próprio”, enquanto “o lulismo juntou os diferentes para derrotar os antagônicos”.

Eleito para o terceiro mandato como representante da esquerda, Lula ainda terá de lidar com um Congresso de direita, tendo, inclusive, Deltan Dallagnol e Sergio Moro como resistência. Lula será o presidente de todos os brasileiros pela vontade da maioria, porém o ‘novo presidente’ deve considerar que uma grande parte da população o rejeitou nas urnas.

Se os 16 anos do PT no poder não foram suficientes para o eleitor que votou contra o Lula, na disputa com Bolsonaro, saber o que os petistas fizeram e o que deixaram de fazer, incluindo casos de corrupção, o Lula está ganhando mais quatro anos para provar que o crime não compensa e que esses eleitores que o reprovaram em 2022 estavam errados sobre ele.

Em seu primeiro discurso, Lula disse que o Brasil precisa de união e pacificação. Ele está certo. Entretanto, terá de desfazer o que fez quando dividiu o país entre “eles e nós”. Há um ‘abismo’ posto. E ninguém se engane: o bolsonarismo, assim como o lulopetismo, pode ter vindo ‘para ficar’.

Como também escrevi no Twitter, Política e disputa eleitoral são coisas distintas. A disputa não passa de um jogo: o tabuleiro, neste caso, foi o Brasil, os bispos representam a Igreja; as torres tem a ver com os poderes, os cavalos se parecem com os partidos; e rainha e rei são os candidatos que tratam eleitores como peões.

O lulopetismo, acrescento: desdenhou do bolsonarismo nesse jogo. A esquerda, talvez, não imaginasse que seria tão difícil enfrentar a direita nas urnas e vencê-la, democraticamente.

Em entrevista exclusiva em 2018, Bolsonaro disse: “Se eu errar, o PT volta”. E foi exatamente o que aconteceu, presidente. O senhor não jogou bem, reconhecer é preciso…

Que Deus salve o Brasil e esteja com o próximo presidente. #Opinião

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