Às vezes eu tenho a impressão de que estamos ‘enxugando gelo’ no combate ao coronavírus e suas variantes. Infelizmente, apesar de toda orientação – para o uso de máscaras, distanciamento, higienização das mãos e, principalmente, imunização com doses de vacinas desenvolvidas contra a Covid-19 -, algumas pessoas não colaboram: muitas ainda nem tomaram a segunda dose da vacina mas insistem em promover e participar de festas públicas e privadas, gerando aglomeração como se não houvesse mais risco algum à saúde pública; e geralmente são as mesmas que saem às ruas gritando “fora Bolsonaro!” e chamando o presidente do Brasil de “genocida”.
Especialistas dizem que estamos na iminência de uma terceira onda da pandemia. Na Paraíba, já há 90 infectados pela variante Delta – de alto contágio. E uma pessoa já morreu. Até então, o estado é o sétimo no país com maior número de casos, segundo o Ministério da Saúde. Mesmo assim, não bastasse a flexibilidade dos decretos – levando em conta o número de vacinados -, ainda tem gente que se acha “esclarecida” defendendo a realização de festas populares neste momento de crise sanitária, quando o desafio deveria ser um só: a imunização de toda a população. Quantas pessoas ainda precisam morrer pra gente aprender…?
No mundo todo, milhões de vidas morreram vítimas da Covid. No Brasil, milhares também foram vencidos pela doença. E continuam morrendo. Em Guarabira foram 147 mortes por Covid-19 registradas até então. Talvez para você isso tenha se tornado ‘natural’ e não faça diferença – ou faça!… Mas para quem perdeu alguém próximo, cada vida importa – não são apenas números: são ausências sentidas. Dessa forma, respeitando quem pensa diferente, eu avalio que seria melhor aguardar mais um pouquinho, exercitando a paciência; e só ‘liberar geral’ quando, realmente, não houver mais riscos de ‘fecharmos tudo’ outra vez.
Lamentavelmente, tem gente defendendo e se preparando para o carnaval de 2022 e para outras festas que atraem grandes públicos, como Festa da Luz – realizada anualmente em Guarabira. A nossa economia é vital, eu sei. Mas ela se recupera. Já a vida… Porém, você defende o que é importante para si. Eu me importo com vidas. E entendo que este não é o momento para festas e aglomerações. Para mim, o gestor público ou empresário que ignora o período pandêmico permitindo e realizando festas em seu município é irresponsável, como quem o apoia neste sentido e ainda quer ser coerente indo pras ruas gritar “fora Bolsonaro” – que também não dá exemplo.
Vamos deixar de hipocrisia! “A pandemia não acabou só porque você não aguenta mais!” É isso. #Opinião
