Numa entrevista conduzida por um jornalista profissional e equilibrado, o presidente Lula (PT) relativizou o conceito de Democracia. Ao ser questionado, ao vivo pela Rádio Gaúcha, “por que parte da esquerda tem dificuldade de considerar a Venezuela uma ditadura”, Lula disse que “o conceito de democracia é relativo”. A pergunta foi feita duas vezes e o presidente não respondeu.
Ao afirmar que a Venezuela tem mais eleições do que o Brasil, Lula foi, rapidamente, rebatido pelo apresentador. “Eleições não garantem democracias”, pontuou de forma cirúrgica o jornalista – relatando que já foi preso na Venezuela -, como se deve fazer durante uma entrevista de verdade: quando o entrevistador não está ali para perguntar o que o entrevistado quer responder.
Há “eleições” na China, mas há democracia no país de Xi Jinping? NÃO! Na Venezuela, do esquerdista Maduro; e na Nicarágua, do esquerdista Ortega, há democracia? NÃO, NÃO! E o que eles têm em comum? São ditadores no mesmo continente!
No Estúdio i, da Globo News, um dos comentaristas afirmou, ao vivo, que a fala do presidente Lula, ao relativizar o conceito de democracia, é “um estelionato eleitoral”.
“A fala do Lula nada mais é do que um estelionato eleitoral. Por que na eleição de 2022, discutiu-se muito pouco as propostas, discutiu-se, basicamente, a democracia, e o Lula era o candidato que representava a esperança de redemocratização e da normalidade democrática do país”, pontuou Otávio Guedes.
Eu não preciso explicar o que é um estelionato, preciso…?
Não bastasse receber o ditador Nicolás Maduro com pompas de Estado no Brasil, tentando, ao mesmo tempo, ludibriar a opinião pública de que o que falam sobre ele não passa de “narrativas”; e de relativizar a democracia, Lula achou pouco e, no Foro de São Paulo, declarou que tem orgulho de ser chamado de comunista ou socialista.
Ainda nesta quinta-feira (29), na 26ª edição do FSP, em Brasília, numa tentativa de legitimar a defesa da democracia pelo foro, o petista criticou o falecido ditador venezuelano Hugo Cháves; e cutucou o presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou, que o contraria sobre a defesa da democracia e o futuro do Mercosul.
As falas do Lula, que é vingativo e odeia ser contrariado, estão mostrando quem, realmente, ele é no campo político; e, aos poucos, no que acredita de fato, mais ainda quando busca impor sua própria “democracia”, cujo modelo, talvez, legitime defender ditaduras, promover perseguição política, repressão e censura, por exemplo…
Você pode ter votado no Lula, acreditar no Lula, defender o Lula – é um direito que lhe assiste; mas não deveria relativizar o regime democrático. Millôr Fernandes tinha razão: “democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim”. Bem vindos “ao novo Brasil democrático!” #Opinião
Texto originário e publicado no ORELO https://orelo.cc/article/649e46e0445ba5cd6502dee2