O fato é que se o problema não fosse capaz de comprometer e colocar em risco a vida de universitários, o ônibus do município de Alagoinha (PB), que transportava estudantes para universidades de Campina Grande (PB) no final da tarde desta quarta-feira (30), não teria sido apreendido pela Polícia Rodoviária Federal. Eu só acho. Você não acha? Para falar sobre o assunto, a prefeita Maria Rodrigues (Maria de Zé Roberto), participou na manhã desta quinta-feira, do Jornal Correio da Manhã (Guarabira FM), buscando esclarecer o ocorrido.
Ao telefone, a gestora declarou que no momento que tomou conhecimento do fato se dirigiu para o local para se inteirar da situação. Na conversa com o policial da PRF, ela tentou mostrar a necessidade dos alunos terem chegado à universidade, pois não havia considerado as ‘irregularidades’ apresentadas em documento oficial um motivo para interromper a viagem. Para a prefeita, a atitude do policial – a quem ela também se queixou de falta de dinheiro para adequar o veículo conforme as exigências das leis – foi uma atitude incorreta.
Sem citar nomes, Maria de Zé Roberto disse ainda que tem gente que fica feliz com fatos dessa natureza. Mas quem, em sã consciência, iria comemorar a apreensão de um transporte irregular? Por um momento, durante sua fala, ela também tentou se justificar afirmando que outros municípios da região passam pela mesma situação – de descaso ou falta de atenção com o transporte público.
No final de sua participação no rádio, Maria de Zé Roberto pediu desculpas, afirmando que não tem intenção em colocar a vida dos estudantes em risco. Reafirmando ter discordado da PRF por ter parado o ônibus por “uma coisa tão simples”, a gestora garantiu: “isso não vai acontecer nunca mais”. Será, prefeita?
Confira o áudio
O radialista Jean Gomes, assessor de comunicação da Prefeitura de Alagoinha, enviou uma Nota de Esclarecimento ao blog. De acordo com o texto, os bancos rasgados do ônibus – rasgados pelos próprios estudantes, diz o texto – serão consertados e a vistoria será feita.
Parece que não falta dinheiro no município de Alagoinha. O que falta mesmo é mais atenção com o que é público, assessoria e, principalmente, disposição do assessorado em ouvir seus assessores para evitar crises na administração. #Opinião
