O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) se manifestou em seu perfil pessoal no Twitter, na noite deste domingo (9), sobre o vazamento de conversas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa Lava Jato, dentre eles, Deltan Dallagnol.
“O STF precisa agir para salvar o Sistema Judiciário. Afastar das suas funções e processar quem formou uma Orcrim para manipular a Justiça, quebrar a economia do País, prender o melhor presidente da nossa história sem provas e eleger um perigoso despreparado para governar o Brasil”, afirmou Ricardo.
O paraibano, que também é presidente da Fundação João Mangabeira, pontuou que o país vive em um estado que “negligencia os direitos fundamentais” e que “coloca em risco o Estado de Direito”.
“É preciso recuperar a sobriedade na Justiça e punir, após a devida investigação, os que atentaram contra a Justiça, usando-a para outros fins”, concluiu.
O STF precisa agir para salvar o Sistema Judiciário. Afastar das suas funções e processar quem formou uma orcrim para manipular a justiça, quebrar a economia do País, prender o melhor Presidente da nossa história sem provas e eleger um perigoso despreparado para governar o Brasil
— Ricardo Coutinho (@realrcoutinho) June 10, 2019
O Brasil foi contaminado com esse modus-operandi que negligencia os direitos fundamentais da pessoa e coloca em risco o Estado de Direito. É preciso recuperar a sobriedade na Justiça e punir, após a devida investigação, os que atentaram contra a Justiça, usando-a para outros fins
— Ricardo Coutinho (@realrcoutinho) June 10, 2019
***
The Intercept Brasil
Um extenso lote de arquivos secretos revela que os procuradores da Lava Jato, que passaram anos insistindo que são apolíticos, tramaram para impedir que o Partido dos Trabalhadores, o PT, ganhasse a eleição presidencial de 2018, bloqueando ou enfraquecendo uma entrevista pré-eleitoral com Lula com o objetivo explícito de afetar o resultado da eleição.
Os arquivos, a que o Intercept teve acesso com exclusividade, contêm, entre outras coisas, mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram. Neles, os procuradores da força-tarefa em Curitiba, liderados por Deltan Dallagnol, discutiram formas de inviabilizar uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo,autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski porque, em suas palavras, ela “pode eleger o Haddad” ou permitir a “volta do PT” ao poder.
Os procuradores, que por anos garantiram não ter motivações políticas ou partidárias, manifestaram repetidamente nos chats a preocupação de que a entrevista, a ser realizada a menos de duas semanas do primeiro turno das eleições, ajudaria o candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad. Por isso, articularam estratégias para derrubar a decisão judicial de 28 de setembro de 2018, que a liberou – ou, caso ela fosse realizada, para garantir que fosse estruturada de forma a reduzir seu impacto político e, assim, os benefícios eleitorais ao candidato do PT. #Política
PARAÍBA JÁ
Comente