LUTO NA IMPRENSA: Morre aos 53 anos o radialista Feliciano Silva

Morreu na manhã deste sábado (6) no Hospital Napoleão Laureano o radialista José Feliciano da Silva, de 53 anos, também conhecido no rádio como “Cabeça de Bujão”.

Com quase 30 anos de profissão, Feliciano Silva se destacou na imprensa da região do Brejo paraibano com reportagens policiais na Rádio Cultura AM, depois ancorou programa policialesco ‘Tribuna do Povo’, na mesma emissora e fez grande sucesso. Zé Ainda teve passagens pelas rádios Rural AM, Constelação FM, Talismã FM, Alagoinha FM e Marmaraú FM. Feliciano foi secretário de Comunicação da prefeitura de Araçagi durante 4 anos, na gestão do ex-prefeito Murílio Nunes.

Feliciano lutava para sobreviver por causa de um câncer agressivo e recentemente diagnosticado com quadro de depressão profunda, não estava tomando mais os medicamentos, havia deixado de se alimentar e beber água já há alguns dias, o que fez com que ele fosse perdendo mais peso e ficando cada vez mais debilitado, precisando ser internado no Hospital Napoleão Laureano para tratamento.

Devido ao seu quadro clínico ter piorado bastante, inclusive com a hemoglobina muito baixa, Feliciano não teve condições de fazer a terceira sessão de quimioterapia. Ele foi levado para o Hospital Regional de Guarabira onde precisou tomar duas bolsas de sangue e receber uma sonda para que voltasse a se alimentar.

Neste meio de semana, Feliciano passou a ter dificuldade para respirar e foi levado para o Hospital Napoleão Laureano. Lá os médicos tentaram fazer uma Traqueostomia – um orifício artificial criado cirurgicamente através de costa ou de frente do pescoço e na traquéia, indicado em emergências e nas incubações prolongadas – mas a anestesia não fazia efeito. Feliciano foi sedado e passou a respirar com a ajuda de aparelhos.

O sepultamento de Felicano Silva ocorrerá na cidade de Mulungu-PB, onde residem os familiares de sua esposa e onde ele residia. A família ainda não informou horário de velório e sepultamento.

A doença

Há um ano e oito meses ele descobriu um CARCINOMA na língua – Um tipo de câncer que surge quando uma célula epitelial qualquer sofre transformação maligna – e precisou passar por uma cirurgia para a retirada de parte do órgão onde a doença estava instalada.

Após cerca de quatro meses surgiu um tumor no outro lado do pescoço, que também o levou a passar por mais duas cirurgias. Daí em diante se iniciou o tratamento no Hospital Napoleão Laureano de João Pessoa, mas em determinado momento do tratamento faltou a medicação e os nódulos voltaram a aparecer.

Campanha de solidariedade

Sem condições financeiras de comprar os remédios e continuar o tratamento, já que o SUS (Sistema único de Saúde) não disponibilizava a medicação, Feliciano resolveu procurar os amigos da imprensa para fazer uma campanha no intuito de arrecadar o valor de R$ 112.000,00 (Cento e doze mil reais) para fazer nove sessões de quimioterapia que custam quase R$ 15.000,00 (quinze mil reais) cada uma na rede particular.

Muito debilitado e precisando de ajuda constante dos familiares para se locomover dentro de casa, “Zé de Orlando” disse numa entrevista dada a colegas de imprensa que não havia perdido a fé e que Deus estava lhe fortalecendo a cada dia, dando-lhe esperança de que a cura seria alcançada.

A campanha para arrecadar dinheiro e dar seguimento ao tratamento continuava em andamento. Ele fez duas sessões de quimioterapia, mas devido estar muito fraco, não teve condições de continuar o tratamento e acabou sendo vencido pela doença. #Cotidiano

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