OPINIÃO: Vereador de Itapororoca retribui com ingratidão e ‘esquecimento’ aos que lhe deram a mão no passado

A política de Itapororoca (PB) já dá sinais de que nas eleições de 2020 não vai faltar quem esteja disposto a apelar contra o trabalho e o desenvolvimento da cidade. A prefeita Elissandra Brito (DEM), portanto, precisa desde já, começar a ‘blindar o psicológico’ – se quiser suportar a pressão de uma campanha eleitoral, com êxito; e continuar trabalhando pela população – como vem fazendo junto com sua equipe de governo desde o início de sua gestão – para que a verdade prevaleça.

É que na política tem gente disposta a tudo: a mentir, deixar princípios de lado, mudar o discurso, esquecer o ‘passado’, desconsiderar o presente, atacar a verdade… E tudo em nome do poder. No entanto, é necessário lembrar que as pessoas só dão o que tem. Algumas delas, no seu direito de decisão e escolha, dão as ‘costas’. Outras, porém, vão um pouco mais além com a ingratidão. A história está cheia de exemplos de gente assim. A política também, acredite.

Repercute na região, a fala do vereador presidente da Câmara de Itapororoca, Jailson Fernandes, ex-aliado da prefeita Elissandra, sua ‘madrinha’ na política. Em entrevista ao “Notícias do Vale PB”, o parlamentar não economizou críticas ao governo municipal. Para ele, hoje, a prefeita faz uma gestão “maquiada” que só funciona nas redes sociais. “A realidade é outra”, afirmou.

Qual é a realidade, então? O entrevistado poderia ter sido mais claro. Como não foi, sua entrevista ganhou os grupos de WhatsApp, com direito a contraponto da gestão. A editoria do blog teve acesso e reproduz o vídeo:

Analisando as palavras do vereador Jailson, com o devido respeito, é notório que sua declaração sobre a gestão de Itapororoca, da qual ele já fez parte, não tem consistência nenhuma. E sua tentativa de argumentação também não convenceu. Foi uma fala ‘genérica’ e incoerente, avalio: típica de quem faz uma oposição raivosa, injusta e irresponsável.

O nobre vereador não falou claramente o que tem visto no Instagram da Prefeitura de Itapororoca, rede social citada na entrevista. Ele poderia, pelo menos, ter feito um relato do que viu no perfil institucional da PMI e buscar constatar a veracidade do que fora postado, antes de chamar a atenção da opinião pública para si.

E sobre a mídia institucional da gestão, todo material é produzido em cima de obras e serviços públicos, e protagonizado por pessoas do próprio município. Basta assistir aos vídeos para constatar.

“Precisa-se de um carro, na Saúde, não se tem. Precisa-se de uma ajuda para comprar um remédio, não se consegue. Uma ajuda para material de construção, uma conta de energia, não se tem”, disse.

Ao afirmar que não há carro na Saúde para atender a população, o parlamentar desconsidera a verdade. Pois somente nessa pasta, o município dispõe de 10 veículos novos entre ambulâncias e unidades de apoio. Na foto abaixo, por exemplo, JF aparece ao lado da prefeita, do vice e do deputado Wilson Filho (PTB), a quem agradeceu pela liberação de emenda para compras de insumos e veículos para a Secretaria da Saúde, como consta na matéria do Blog do Chico Soares.

Ir contra a verdade é até possível por um tempo. Mas não dá para ir contra a ‘memória da internet’.

Ao ser entrevistado, o jovem vereador, que aparece no vídeo institucional acima, também critica a gestão por não oferecer apoio para compra de material de construção, como se isso fosse de competência da prefeitura fora do que é garantido pela ação social do município, de acordo com as possibilidades econômicas. E o vereador é inteligente e sabe disso.

“Itapororoca hoje é pobre de prefeito. Eu mesmo, particularmente, esqueci quem é o prefeito de nossa cidade, se é uma prefeita ou um prefeito”, ironizou.

Como presidente da Câmara, o vereador Jailson Fernandes deveria saber quem governa o município. E eu acredito que ele sabe. Esse seu “esquecimento” é deselegante e não contribui… Isso fica para aqueles “representantes do povo” que vivem apenas de casa para o trabalho (Câmara), sem garantir um lugar nos eventos da gestão; e para ‘políticos de gabinete’ que não andam pela cidade.

Se na política as pessoas também só dão o que tem, considerando as recentes declarações do jovem parlamentar, ele “está cuspindo no prato que comeu”. E retribuindo com ingratidão e ‘esquecimento’ aos que lhe deram a mão no passado. A roda gira, vereador. A roda gira. #Opinião

 

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