ECONOMIA: Salário mínimo pode ir a R$ 1.192 em 2022 após governo aumentar expectativa para a inflação

governo federal revisou nesta quinta-feira, 16, a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para alta de 8,4% em 2021, segundo dados publicados no Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE). O indicador é utilizado como referência ao pagamento de benefícios, como o salário mínimo e as pensões do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Se o cálculo for mantido, o piso salarial em 2022 deverá ser reajustado para R$ 1.192, acima do valor proposto pela União no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) encaminhada ao Congresso no fim de agosto. À época, o governo federal estimava alta de 6,2% do INPC, o que elevaria o salário mínimo para R$ 1.169 — sem ganho real, ou seja, reajustado apenas pela variação da inflação. Atualmente, o piso salarial é de R$ 1.100. “O INPC nessa magnitude vai ter efeito na correção do salário mínimo e em outras despesas que são indexadas no Orçamento”, afirmou o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida. Apesar da pressão sobre as despesas obrigatórias, o auxiliar do ministro Paulo Guedes afirmou que o teto de gastos — a regra que determina que o gasto da União seja limitado ao Orçamento do ano anterior com o reajuste da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) —, não será violado. “Aumentando as despesas obrigatórias, nós naturalmente vamos reduzir as despesas discricionárias”, disse.

Ministério da Economia manteve a previsão da expansão da economia brasileira em 2021 e alterou para cima as expectativas com a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 5,3%, o mesmo número publicado na edição de julho. Para o ano que vem, a equipe econômica espera avanço de 2,5%. “A manutenção da projeção do ano corrente se deve à continuidade da retomada econômica que vem ocorrendo, como mostram os indicadores coincidentes de atividade. No resultado do segundo semestre do corrente ano, espera-se uma importante contribuição do setor de serviços ao crescimento econômico”, informou a pasta. O mercado financeiro reduziu a estimativa do PIB em 2021 para avanço de 5,04%, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira, 13. Há uma semana, a previsão apontava alta de 5,15%. As estimativas para 2022 também foram alteradas para baixo, passando de 1,93% para 1,72%.

Para o IPCA, o Ministério da Economia projeta avanço de 7,9% em 2021. No Boletim Macrofiscal divulgado em julho, a previsão era de 5,9%. O número está acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 5,25%, com centro de 3,75% e piso de 2,25%. De acordo com a equipe econômica, a alta é puxada pelo avanço dos itens monitorados. “No acumulado em 12 meses até agosto, esse grupo registrou aumento de 13,69%. Esse aumento é decorrente de elevações significativas nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, diante dos reajustes no preço do gás e das alterações nas bandeiras tarifárias, respectivamente.” A escalada da inflação levou o mercado a prever a inflação a 8% em 2021. Há uma semana, as previsões apontavam avanço de 7,58%. A inflação foi a 0,87% em agosto — o maior salto em 21 anos —, e acumulou alta de 9,68% nos últimos 12 meses. Para 2022, a SPE estima que o IPCA feche com alta de 3,75%. Em julho, a previsão apontava avanço de 3,5%. Os analistas do mercado também mudaram para cima a estimativa do IPCA do próximo ano para 4,03%, ante projeção de 3,98% na semana passada. Para 2022, a autoridade monetária nacional persegue a meta de 3,5%, com variação entre 2% e 5%. #Cotidiano

JOVEM PAN

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