ECONOMIA: Guedes pede a donos de supermercados que congelem preços até 2023

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro durante declaração à imprensa, no Palácio do Planalto

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu, nesta quinta-feira (9/6), a empresários do setor de supermercados o congelamento de preços até 2023.

A declaração foi feita durante a 2ª edição do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

“Nova tabela de preços só em 2023. Trava os preços. Vamos parar de aumentar os preços aí dois, três meses. Nós estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, disse Guedes.

No mesmo evento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu para que empresários do ramo de alimentos tenham “menor lucro possível” na produção e venda de produtos da cesta básica.

“Nós devemos, em momentos difíceis como estes, entendo, todos nós colaborarmos. Então, o apelo que eu faço aos senhores, para toda a cadeia produtiva, para que os produtos da cesta básica, cada um obtenha o menor lucro possível, para a gente poder dar uma satisfação a uma parte considerável da população, em especial os mais humildes”, defendeu Bolsonaro.

“Esse é o apelo que eu faço aos senhores. Eu sei que a margem de lucro tem diminuído cada vez mais também, os senhores já vêm colaborando dessa forma, mas colaborem um pouco mais na margem de lucro dos produtos da cesta básica. Esse é o apelo que eu faço aos senhores e, se for atendido, eu agradeço e muito. E se não for, é porque realmente não é possível”, acrescentou o presidente.

Inflação em 11,73%

Nesta quinta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, desacelerou para 0,47% no mês de maio. Em abril, o índice havia fechado em 1,06%. O acumulado em 12 meses, contudo, ainda é de 11,73%.

A inflação sobre combustíveis e alimentos preocupa o núcleo de campanha de Bolsonaro, que tenta a reeleição ao Palácio do Planalto. Com o objetivo de diminuir os efeitos na economia e na imagem do atual chefe do Executivo, o governo federal anunciou, na segunda-feira (6/6), promessa de compensação aos estados que zerarem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

ICMS

O ICMS é um imposto estadual e compõe o preço de boa parte dos produtos comercializados no Brasil, inclusive combustíveis. O Congresso Nacional discute o projeto de lei que estabelece uma alíquota máxima para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, transporte rodoviário e energia.

De acordo com o texto, produtos, como energia elétrica, combustíveis, comunicações e transportes coletivos, passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que proíbe estados de cobrarem taxa superior à alíquota geral de ICMS, que varia entre 17% e 18%.

Até agora, a proposta previa apenas uma compensação em caso de perda de arrecadação superior a 5%. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e está sob análise dos senadores.

Os governadores são contra a proposta em discussão no Parlamento. Eles argumentam que, se aprovada, a mudança na alíquota do imposto pode representar perda de R$ 100 bilhões em arrecadação.

Durante o fórum desta quinta, Guedes disse que os governadores precisam abrir mão da arrecadação e “botar a mão no bolso” para “darem uma contribuição para o Brasil”. #Política

METRÓPOLES

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