DIRETO AO ASSUNTO: O reino unido dos togados

No reinado sem possibilidade de contestação criado por Dom Toffoli I, quem pode mais faz o que quer e quem não pode tem o sagrado direito de calar-se. Foto: Dida Sampaio/Estadão

JOSÉ NÊUMANNE

Antes de comandar a reunião do STF em que foi decidido que o Brasil voltará aos anos da impunidade total dos mandatários, o presidente da Corte, Dias Toffoli, proclamou a extinção da República tal como a conhecemos desde 1889 e instaurou o império absolutista dos nobres de sua grei. Após tecer encômios à liberdade de imprensa, Sua Excelência instaurou inquérito sigiloso, sob relatoria do parceiro Alexandre de Moraes, para proteger os 11 membros do colegiado e todos os seus familiares, que passaram a constituir a corte em si, contra qualquer coisa que se lhes pareça notícia fraudulenta, calúnia, injúria e difamação contra a nova categoria suprema dos inimputáveis. A frasista Cármen Lúcia, que calou sobre o despautério, deverá ter consagrada no brasão do novo reino supremo sua bela proclamação: “Cala boca nunca mais”. E assim se estabelecerá o primado do “quem pode mais chora menos”. Este é o comentário no Estadão Notícias, no Portal do Estadão desde 6 horas de sexta-feira 15 de março de 2019. #Opinião

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