POLÊMICA: Deputado do DF critica Lula após declaração sobre aborto. “Um absurdo”

Lula

O deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos) criticou, na noite desta sexta-feira (10/9), a declaração do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que o aborto é “um direito da mulher” e uma questão de “saúde pública”. Em publicação nas redes sociais, o vice-presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF) considerou a fala “um absurdo”.

De acordo com o parlamentar, “o direito de um não pode ser maior do que o direito de outro”. Ele ainda fez dois questionamentos: “Quem defenderá o direito da criança que está dentro da barriga da mãe? Quem tem o direito de decidir sobre a vida de uma pessoa?”

A fala de Lula foi proferida durante participação no podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown. Apesar de dizer que o aborto é direito da mulher, o petista se posicionou pessoalmente de maneira contrária. “Não tenho vergonha de dizer que eu, Lula, pai de 5 filhos, sou contra o aborto. Mas, enquanto chefe de Estado, tenho de tratar o assunto como saúde pública. Eu acho que o aborto é um direito da mulher. Não preciso ser favorável, mas tenho que cuidar para que todos sejam tratados dignamente”, explicou o ex-presidente.

Lula ainda ressaltou ser católico, mas que, como chefe de Estado, precisa levar em consideração todas as religiões. “Você não tem que ter preferência enquanto chefe de Estado. É como o aborto”, completou.

No Brasil, o aborto ainda é criminalizado e a mulher que realizar o procedimento em território nacional pode ser presa. A prática só é permitida por lei quando a gravidez é resultado de abuso sexual ou põe em risco a saúde da mãe. Além disso, em 2012, um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a interrupção da gestação no0s casos em que o feto seja diagnosticado com anencefalia. Ou seja, quando tiver malformação craniana ou cerebral.

Em oposição a isso, outros países da América Latina obtiveram avanços na luta pelos direitos da mulher. No México, por exemplo, o aborto foi descriminalizado e, na Argentina, o procedimento também acabou sendo legalizado. #Política

METRÓPOLES

 

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