DANI SOUZA: “Palavras têm textura”

POR DANI SOUZA

Não tem como falar das palavras sem tocar no assunto JORNALISMO e da comunicação humana, da possibilidade de saber interpretar… a vida. As palavras têm um poder gigantesco, visto sua capacidade de construir memórias.

Quantas memórias, histórias e sentimentos não estão guardados numa estante cheia de livros!

A esfera jornalística engloba diversos gêneros que fazem parte do nosso dia a dia de uma forma muito intensa. Propaganda, notícia, reportagem, relato, charges, cartum, gráficos, propagandas…você está a todo momento lidando com muitas destas produções e nem imagina o poder que elas têm sobre seu senso de opinar. (Aqui eu lembro que a maioria dos grandes escritores eram ou são jornalistas).

Há um certo mistério no universo das palavras. Clichê ou não, questionar demais, buscar respostas e ler… ler muito sempre foram características de quem gosta da comunicação. E quando me refiro à leitura, incluo aquela que não é apenas a de decodificar letras e seus sons, mas a de ler e interpretar imagens, falas, gestos e silêncios. Acredito que são as palavras que ultrapassam os limites das letras e ficam de mãos dadas com a alma da gente.

Roberto Cabrini, grande jornalista investigativo, disse uma vez em um podcast que “cada palavra tem uma textura, toda palavra tem uma gradação… cada palavra tem a sua dimensão…”. E essa é a nossa realidade: sempre em busca das palavras, verbos e adjetivos certos para expressar o que a alma diz.

Em 2009 eu consegui entrar na faculdade de Letras da Universidade Estadual da Paraíba. Esse sempre foi um sonho meu, pois sempre gostei do mundo das letras, da leitura e da comunicação. Fiquei imaginando sobre qual tema eu escreveria para o meu Trabalho de Conclusão de Curso. “Já sei! Vou unir Jornalismo e Língua portuguesa”, pensei. Minha colação de grau foi em 2013 e eu conclui o Curso com o trabalho intitulado “Os gêneros jornalísticos como ferramentas para a formação de leitores críticos”.

E esse é o meu mundo da palavra. Dita e escrita.

De lá para cá esse tema me acompanhou em outra oportunidade importante da minha carreira, minha pós-graduação em Linguística e Literatura. E com esta mesma abordagem concluirei o bacharelado em Jornalismo Digital, pois estimular o senso crítico das pessoas através dos gêneros jornalísticos é criar possibilidades de fazer com que o conhecimento se faça valer sobre diversas outras áreas do conhecimento.

Sim, palavras têm textura, mas também têm peso. E é através da escolha correta das palavras que expressamos os verdadeiros desejos da nossa essência. Algo que nem sempre é possível.

Desenvolver o senso crítico é, acima de tudo, saber observar o real sentindo dos enunciados, questionar e tentar entender. Sigo tentando encontrar as palavras certas.

*Maria Daniele de Souza Lima*. Professora de Língua portuguesa, 35 anos. Paulista paraibana, estudante de Jornalismo e apaixonada pela comunicação. #Opinião

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