EM GUARABIRA, O PROGRESSO CHEGOU SOBRE TRILHOS

A antiga Estação Ferroviária de Guarabira, que ao longo do tempo quase se perdeu, resiste guardando um pouco do que sobrou da nossa história. Marcada pelo esquecimento e pelo abandono, ela completou 140 anos de sua fundação em 4 de junho de 2024. Essa história tem início ainda no período imperial, em 1871, com um decreto da princesa Isabel autorizando estudos para construção da estrada de ferro.

Inaugurada em 1884 pela Empresa Ferroviária Conde D´Eu e chamada, inicialmente, de Estação Independência, ela foi a ponta da linha que vinha desde o Recife, de 1884 a 1904, quando a ligação com a estação de Nova Cruz, no Rio Grande do Norte, foi completada, unindo, também, Recife e Natal por ferrovia.

Conde d’Eu (1842-1922) foi príncipe consorte ao casar-se com a Princesa Isabel, filha de D. Pedro II e herdeira do trono brasileiro.

Em 1884, portanto, o trem chagava à Vila Independência, atual Guarabira. Ao passar de vila a cidade, como relata o jornalista e escritor Nonato Nunes em seu livro “GUARABIRA: MISSÃO, VILA E CIDADE”, o nome da estação foi alterado para o atual, GUARABIRA.

Com a chega do trem, o progresso chegou também. Geograficamente e estrategicamente bem localizada, Guarabira se tornou polo econômico e, por consequência, desenvolveu sua vocação comercial tornando-se a “rainha do brejo”.

Segundo Jonatas Rodrigues Pereira, a estação foi desativada em 9/7/1979 pela RFFSA. Na década de 90, também ocorreu uma reforma em sua estrutura, descaracterizando o prédio original, substituindo as antigas portas e janelas em arco pelas de linha reta.

A estação, o armazém, a ponte ferroviária sobre o Rio Guarabira e objetos foram tombados pelo IPHAEP em 12 de dezembro de 2000.

Após uma reforma pela Prefeitura de Guarabira, a gestão de Marcus Diogo (PSDB) reabriu o imóvel nesta quinta-feira (04/07/24), que passa a abrigar a Secretaria de Cultura. Na solenidade, também aconteceu a abertura do Festival de Arte Naif, idealizado pelo ex-prefeito Zenóbio Toscano. O evento reúne artistas de vários estados da federação.

Além do parque da estação, este complexo ferroviário era formado também pela estação Antonio Guedes, em Cachoeira; e a de Itamatay – estão em ruínas aguardando ação da prefeitura. #Opinião

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